Os territórios de cortiça são exclusivos de uma determinada parte do Mediterrâneo Ocidental. As florestas de sobreiro e a cortiça encontram-se apenas em sete países do mundo: Portugal, Espanha, França, Itália, Marrocos, Argélia e Tunísia.
Los valores destes territórios são um ambiente de qualidade, um património cultural rico e a possibilidade de múltiplas e diversas atividades.
Em todos estes núcleos existe um urbanismo peculiar, têm a sua arquitetura, o seu património cultural, a sua arqueologia, oferecem a sua gastronomia própria e nas suas muitas línguas falam e explicam o comum: o sobreiro, a cortiça, a sua história e aplicações, a sua utilização e a sua beleza.
A visita ao mundo da cortiça é um desafio para o viajante. Um longo caminho, múltiplo, intenso, rico em sensações, que alcançará, finalmente, o conhecimento da diversidade de um sistema. Um magnífico objetivo para o nosso tempo de férias e lazer.
As paisagens de cortiça são as paisagens de Quercus suber, uma espécie endémica de bacia mediterrânea. Metade da superfície mundial de sobreiros encontra-se na Península Ibérica, principalmente na zona sudoeste, uma boa parte norte de África e o resto reparte-se entre el sul de França, o litoral oeste de Itália a as ilhas de Córsega, Sardenha e Sicília.
A diversidade da paisagem corticeira é um dos seus bens mais preciosos. Não nos deve surpreender se tivermos em consideração que a sua área de distribuição tem características climáticas muito diferentes, bem como uma relação intensa e antiga do homem com este ecossistema.
Descubra a diversidade e a realidade dos municípios da cortiça conhecendo a sua riqueza patrimonial. A atividade corticeira, florestal e industrial, gerou paisagens únicas e populações singulares: cultura, urbanismo, arquitetura, associativismo, etc. são expressões perfeitamente reconhecíveis deste ancestral diário de tarefas.
O setor corticeiro, as suas paisagens e municípios são um bem para a sociedade. Um conjunto de valores fazem deles vitais: paisagísticos, ecológicos, económicos, sociais, históricos, culturais, antropológicos e científicos; todos eles valorizados pelo munda da cortiça. Só ultrapassando uma interpretação economicista faz sentido para entender e gerir esta riqueza rara.
Deixamos o convite para que valorizem o seu potencial. Localizados no meio rural, constituem um elemento chave nas políticas de desenvolvimento sustentável.
O conceito da cortiça vai mais além do que é estritamente florestal ou industrial. São exemplos de manifestações culturais o legado patrimonial, arquitetónico ou associativo que deixou a cortiça nos municípios destes territórios. É de destacar os museus e centros de interpretação que dedicam a sua atividade a esta realidade corticeira ou falam dela em algum dos seus espaços.
Através destes equipamentos poderemos conhecer melhor a realidade desta cultura e o que envolve a sua paisagem e atividade quotidiana.
Os territórios corticeiros, ricos em património natural, histórico e cultural, oferecem um amplo leque de possibilidades adequadas a todos os públicos.
Os amantes do ecoturismo e da natureza, os mais aventureiros, os apreciadores de gourmet e os mais seletos, os históricos e tradicionais, as famílias e crianças, os idosos… Encontrarão nestes territórios várias ofertas e produtos para desfrutar de um ecossistema único e singular do Mediterrâneo Ocidental.
As empresas e entidades turísticas dos diferentes territórios promovem uma ampla gama de experiências. Assim, operadores turísticos de toda a Europa especializados em turismo ativo, cultural e de descoberta do território organizam estadias temáticas nos territórios corticeiros.
Todas estas ofertas são uma boa amostra das formas de descobrir a excepcionalidade e singularidade destas paisagens.